ARNALDO DIAS BAPTISTA

Arnaldo Dias Baptista é conhecido por sua grande influência na música jovem brasileira a partir de 1967, a princípio como fundador e líder de Os Mutantes, e depois no decorrer de sua carreira solo pós 1973 até os dias de hoje. A partir de 1983, abraça pincéis e tintas para libertar uma expessão artística que já estava latente ali desde nos anos 70.

Multi-intrumentista, compositor, escritor e artista visual, Arnaldo Dias Baptista nunca parou de criar e apontar um futuro que ainda não vemos, mas pode ser sentido. Sua história artística e pessoal está descrita na biografia cronológica disponível aqui, e que ocupou meia parede na sua 3a. exposição individual da última década, a “Transmigração”, na CAIXA Cultural São Paulo em 2016. O impacto de sua obra visual é falado através da escrita dos curadores das exposições individuais de 2012 para frente, apresentadas neste espaço, como Márcio Harum e Rodrigo Moura.

visual works

A arte visual de Arnaldo reflete sua filosofia, poesia, senso de humor e criatividade vanguardista, já conhecidas em sua carreira musical. Arnaldo trabalha de forma espontânea, experimental e com ênfase no imaginário fantástico. A expressividade através do uso de cores e texturas permeia tanto o universo da psicodelia, da metafísica, quanto da arte contemporânea. Arnaldo não passa por filtros como outros artistas. Seus desenhos e pinturas se aproximam muito da escrita, como uma fábula. Há uma característica bruta, intensa.

‘’Quando eu pinto, por vezes tenho inspirações vindas do meu conhecimento musical e, em outros casos, são inspirações visuais. É a expressão do que a minha alma diz sobre o sol, sobre as nuvens… Eu construí esse novo caminho de criação, por enxergar minha alma de uma forma que conecta a música às artes plásticas’’ observa Arnaldo.

Nunca se poderá definir com precisão este vasto universo, de força e mitologia únicas, ou reduzí-lo a uma categoria. Como dizia Jean Dubuffet: ‘a arte por essência é novidade (…). Só um regime é salutar à criação artística: o da revolução permanente.

(com excertos do texto curatorial da Galeria Emma Thomas para a exposição “Lentes Magnéticas”, 2012)