ARNALDO DIAS BAPTISTA
Biografia Cronológica
MULTINSTRUMENTISTA, COMPOSITOR, ESCRITOR, ARTISTA VISUAL
ARTES VISUAIS
1990 – Primeira exposição de desenhos e pinturas, no Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais, sob curadoria de Fabiana Figueiredo.
1992 – Exposição de desenhos e pinturas em São Paulo, sob curadoria de Paulo Maluy e Paula Amaral, e no Centro Cultural da Universidade Federal de São Carlos, sob curadoria de Fabiana Figueiredo. Começa a pintar camisetas e cartões.
2010 – Entra para o circuito oficial das artes visuais, representado pela Galeria Emma Thomas, cidade de São Paulo, apresentando obras na coletiva Arsenal.
2012 – Mostra individual, Lentes Magnéticas, na Galeria Emma Thomas, cidade de São Paulo. A Emma Thomas também inicia a apresentação do artista nas inúmeras edições da feira internacional SP-Arte.
2013 – Participa da exposição coletiva Ateliê dos Músicos, no Sesc-Vila Mariana, cidade de São Paulo, junto com Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Cibelle e Kiko Dinucci.
2013 – Mostra coletiva Brasil: Arte/Música, na Zacheta National Art Gallery, Varsóvia, Polônia, curadoria Magda Kardasz.
2014 – É convidado pelo curador Rodrigo Moura para o Solo Project da 10ª SP-Arte.
2014 – Realiza a mostra individual Exorealismo, na Galeria Emma Thomas, cidade de São Paulo, com curadoria de Marcio Harum.
2015 – Exposição e evento multidisciplinar Uma Pessoa Só, como parte do Projeto Solo em Arte e Música, Epicentro Cultural, cidade de São Paulo, curadoria Mariana Coggiola e Cassiano Reis.
2016 – É selecionado pela CAIXA Cultural São Paulo e realiza a exposição e ocupação Transmigração, sob curadoria de Marcio Harum.
2017 – maio a setembro: Galeria Carminha Macedo, cidade de Belo Horizonte. Apresenta a mostra individual “Resistência: a ciência mutante da existência”, que reuniu pinturas inéditas, com curadoria de Fabiana Figueiredo.
2019 – julho – II Colóquio Internacional Escrita, Som, Imagem – Universidade Federal de Minas Gerais. “A Música e as Artes Visuais na Obra de Arnaldo Dias Baptista”. Autora: Marília Andrés Ribeiro (UFMG). Eixo: Artes Visuais e Outras Artes.
VIDA, MÚSICA E OUTRAS ARTES
06 julho 1948 – Nasce na cidade de São Paulo, filho da pianista, concertista e compositora Clarisse Leite Dias Baptista, e do jornalista, poeta e cantor lírico César Dias Baptista.
1955 a 1979 – Atende a diversos cursos: Música: vivência de piano clássico com a mãe Clarisse Leite ao longo da infância e adolescência, e aulas com Zilda Leite Rizzo (1955-1958); contrabaixo clássico, violão prático, piano jazz-rock. Dança: moderna e balé clássico com o Ballet Stagium (anos 70); clássico com Eugênia Feldorowa (1974-1979). Línguas: inglês, alemão, esperanto e língua russa com Igor Valesvisky (1976-1979).
1961 a 1967 – Participa da criação de vários grupos como músico e compositor, entre eles Só Nós, Wooden Faces, Sand Trio, Six Sided Rockers e O Konjunto.
1966 – Funda Os Mutantes, ao lado do irmão Sergio Dias e Rita Lee.
1967 a 1973 – Participa com Os Mutantes de diversos festivais de música, ao lado dos tropicalistas Gilberto Gil, Caetano Veloso, Rogério Duprat, entre outros. Sai em turnê com a banda por todo o país e no exterior.
1970 e 1972 – Produz os dois primeiros álbuns solos de Rita Lee: Build Up e Hoje É o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida.
1972 – Grava o álbum O A e o Z com os Mutantes, já sem Rita Lee.
1973 – Deixa Os Mutantes.
1974 – Lança o álbum solo Loki?, considerado por muitos críticos como o mais importante e influente do rock’n’pop brasileiros.
1977 – Nasce seu único filho Daniel Mellinger Dias Baptista com a atriz Martha Mellinger.
1975 a 1978 – Monta a banda Patrulha do Espaço e compõe repertório igualmente clássico do gênero rock. Em 1988, são lançados dois álbuns pelo selo Vinil Urbano: Elo Perdido (estúdio) e Faremos uma Noitada Excelente (ao vivo).
1980-90s – Arnaldo escreve dez livros a mão, entre as décadas de 80 e 90, ainda não publicados. O Abrigo; Elástico; Retilíneas; Viagem T2=Mc>2; Acordo; Endoterismo (Volumes I, II e III) ; A Insegurança Exata; e Entre?!.
1981 – Grava o clássico, Singin’Alone, tocando todos os instrumentos e assinando a produção. Lançado em 1982 pelo selo Baratos Afins em vinil, retorna em CD pela EMI-Virgin (1995), com a faixa bônus “Balada do Louco”, regravada na voz de Arnaldo.
1981 – Faz show solo, Shining Alone, no Teatro TUCA-SP, gravado por Luiz Calanca e lançado no ambiente digital em 2014.
1982 – Muda-se para um sítio em Juiz de Fora-MG com sua mulher Lucinha Barbosa, onde vivem até hoje. É nesse período que sua produção como artista plástico se intensifica, atividade à qual passa a se dedicar com tanto afinco quanto à música.
1984 – Lança o álbum Disco Voador, pela Baratos Afins.
1989 – É lançada, pelo selo Eldorado, a coletânea Sanguinho Novo – Arnaldo Baptista Revisitado, com as bandas do movimento rock dos anos 80 regravando clássicos em sua maioria da obra solo de Arnaldo. Lá estavam Sexo Explícito, 3 Hombres, Vzyadoc Moe, Sepultura, O Último Número, Paulo Miklos, Akira S e as Garotas Que Erraram, Ratos de Porão, Fellini, Atahualpa i us Panquis, Scowa e Maria Angélica Não Mora Mais Aqui.
1993 – Kurt Cobain, em sua passagem pelo Brasil, deixa um bilhete para Arnaldo Baptista, falando da admiração que tem pela sua obra.
1993 – É lançado o curta Maldito Popular Brasileiro: Arnaldo Baptista, de Patrícia Moran. Nele, o maestro Rogério Duprat declara: “Os Mutantes foram a coisa mais importante do Tropicalismo. E ninguém conseguiu deixar isso claro. Mas eu sei bem disso, que a cabeça disso tudo, a cabeça dos Mutantes era o Arnaldo Baptista. Digo e repito: o Arnaldo Baptista é responsável por tudo que aconteceu de 1967 pra frente”.
2000 – David Byrne lança toda a discografia de Os Mutantes nos EUA pelo seu selo Luaka-Bop.
2000 – Arnaldo faz participação especial ao lado de Sean Lennon no Free Jazz Festival.
2001 – Participa do CD Tributo à John Lennon, Dê Uma Chance à Paz, com vocais para duas versões de “Give Peace a Chance”: uma de Charles Gavin e Andreas Kisser, e a outra de Miko Hatori, Timo Ellis e Duma Love (Cibo Matto), com produção de Yuka Honda.
2004 – Produzido por John Ulhoa, lança o álbum Let It Bed, que recebe diversos destaques, como o Prêmio Claro de Música Independente. É eleito, ainda, um dos dez álbuns mais importantes de 2005 pela revista inglesa Mojo.
2006 a 2007 – Sai em turnê internacional na reunião de Os Mutantes.
2008 – É lançado o documentário Loki! Arnaldo Baptista, pelo Canal Brasil, direção de Paulo Henrique Fontenelle. O filme ganha mais de 14 prêmios entre mostras nacionais e internacionais.
2008 – Publica o romance Rebelde entre os Rebeldes, escrito nos anos 80, pela Editora Rocco.
Desde 2011 – Volta aos palcos no Teatro do Sesc Belenzinho (SP), dando início à turnê do concerto Sarau o Benedito?, tocando e cantando ao piano de cauda, depois de 30 anos sem se apresentar nesse formato. Suas pinturas e desenhos servem de vídeo cenário para os shows. Faz o circuito nobre de teatros e eventos, entre eles Theatro Municipal de São Paulo (8ª Virada Cultural); Teatro de Santa Isabel, Recife, PE (MIMO 2012); Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012), Centro de Cultura Lúcio Fleck, Sapiranga-RS (2013); Teatro Cine Brasil Vallourec, Belo Horizonte-MG (2014), Festival Psicodália (2015) e o circuito de Teatros do Sesc São Paulo e interior (Pompéia e Vila Mariana em São Paulo; Sorocaba e Santos). 2017 – Coquetel Molotov em Recife e três noites no Teatro da Caixa Cultural em Brasília. 2018 – Sala da Caixa Cultural São Paulo.
2012 – Tem o conto “The Moonshiners” traduzido e publicado na “Ilustríssima”, Folha de São Paulo.
2013 – Cria, ao vivo e ao piano, trilha sonora para o curta Viagem à Lua, de George Méliès, no evento “Noite Branca”, Palácio das Artes, Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte.
2013 – Faz a voz de O Chapeleiro Maluco para a peça Alice no País das Maravilhas, do grupo Giramundo e seu teatro de bonecos.
2013 e 2014 – Lança, pela cdbaby, toda sua obra solo no ambiente digital.
2014 – A banda O Terno é convidada para o Projeto 74 Rotações, do SESC Santana, São Paulo, de reinterpretações de clássicos da música brasileira. O Terno escolhe o álbum Loki?
2015 – Lança, pela Canal 3, caixa com cinco álbuns de sua carreira solo, em formato Compact Disc.
2017 – A Polysom lança o álbum Loki? em vinil 180 gramas, trazendo a arte original e encarte com letras (inédito). O disco foi masterizado especialmente para vinil por Ricardo Garcia no Magic Master (RJ) a partir das fitas originais fornecidas pela Universal Music. O texto de lançamento foi assinado pelo jornalista e crítico Jotabê Medeiros.
2017 – junho. Arnaldo leva seu concerto “Sarau o Benedito?” para três apresentações de convites esgotados no Teatro da CAIXA Cultural de Brasília. Em outubro, abriu o Festival “Coquetel Molotov” em Recife.
2018 – maio – Arnaldo se apresenta na Sala da CAIXA Cultural São Paulo com seu concerto solo “Sarau o Benedito?”. No 4º dia, a banda dirigida por Rod Krieger sobe ao palco para prestar uma homenagem à Arnaldo, com artistas como Lulina, Karina Buhr, Hélio Flanders (Vanguart) e China interpretam músicas da obra solo de Arnaldo pós o álbum solo Loki?. Os músicos da banda eram: Eduardo Barretto (baixo), Les Boomerangs e Leela; Pedro Leo (bateria) Flying Chair; e Charly Coombes (teclados), inglês radicado no Brasil e conhecido por seus três álbuns solo e como ex-membro da banda brit pop Supergrass.
2019 – maio – Rod Krieger, a convite de Alexandre Matias, promove mais um show homenagem no Centro Cultural São Paulo, o “Loki 4.5”, celebrando ao 45 anos do álbum. Participaram, desta edição, Tatá Aeroplano, Thunderbird, Hélio Flanders e Cinnamon Tapes, além de Rod na guitarra e vocais, os músicos Rafael Stagni (teclados), Eduardo Barretto (baixo) e Pedro Leo (bateria).
2020 – julho – Arnaldo e Rod Krieger convidam fãs, amigas e amigos, via mídias sociais, para gravarem versões da obra solo de Arnaldo pós álbum Loki?. Mais de 70 atenderam ao chamado, resultando em vídeos sensíveis e amorosos, que podem ser conferidos no playlist “Homenagem Arnaldo Baptista 7.2” – em celebração ao seu 72o aniversário – no canal oficial de Arnaldo no YouTube.
2011-2022 – Quinze dos produtores mais marcantes da cena da música eletrônica paulistana de 2011 produzem 12 versões da música “To Burn or Not to Burn”, do álbum Let It Bed (2004). Em 2022, o material é relançado com mais 4 artistas: Tata Ogan, DJ Mari Rossi, GALIZA e Renato Ratier, que se juntaram à L_cio, Zopelar, Holocaos, Magal, Glocal, Renato Poletto e Ricardo Koji, Marco Andreol e Renato Patriarca, Tetine e Thomas Haferlach. Assista o vídeo entrevista: > https://www.youtube.com/watch?v=GU31QOCpDqEhttps://bit.ly/40Imjx4
2023 – Arnaldo é convidado pela Editora Antofágica para ilustrar sua edição do livro O Mágico de Oz, de Lyman Frank Baum. Além das ilustrações da edição, Arnaldo também escreveu sua apresentação. A nova edição de O Mágico de Oz tem tradução de Davi Boaventura e posfácios da escritora e pesquisadora Carol Chiovatto e da escritora, ilustradora e roteirista Janaina Tokitaka. Apresentação do livro, em matéria de Jotabê Medeiros.> https://farofafa.com.br/2023/05/17/entre-fadas-e-travesseiros-travessos/
2023 – Em 6 de dezembro a Editora Grafatório, de Londrina-PR, de Felipe Melhado e Pablo Blanco, lança Ficções Completas, que compila a totalidade dos escritos ficcionais de Arnaldo Dias Baptista, que surpreendem pela sua atualidade. São três textos: O Abrigo, conto com reviravoltas metafísicas que narra a fuga de um Planeta Terra tornado inabitável; The Moonshiners, conto escrito originalmente em inglês, retratando o encontro entre dois humanos e duas alienígenas que formam uma espécie de comuna flower power interplanetária; e, finalmente, Rebelde Entre os Rebeldes, uma novela de contornos épicos, contemplando colônias e batalhas espaciais, e que desenvolve de maneira mais clara as preocupações filosóficas, místicas, éticas e estéticas de Arnaldo. Dos três textos, apenas Rebelde Entre os Rebeldes já havia sido publicado em livro anteriormente. No entanto, a versão presente em Ficções Completas é radicalmente diferente, sem grandes interferências editoriais, conservando as características singulares presentes nos manuscritos originais de Arnaldo. A edição ainda apresenta textos complementares escritos pelo jornalista, biógrafo e crítico cultural Jotabê Medeiros, e pelos pesquisadores André Araújo e Fernando Silva e Silva. O livro é lançado em evento na Galeria Vermelho, em São Paulo, em 6 de dezembro.